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Galápagos

Galápagos: Um mundo à parte no meio do Pacífico

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Galápagos: Um mundo à parte no meio do Pacífico

Há destinos que nos ficam cravados na memória - e as Ilhas Galápagos são, para mim, um desses lugares raros.

Sabia que ia encontrar natureza em estado puro, mas o que senti ao chegar ali superou tudo. Foi como entrar num planeta paralelo, onde os animais vivem em harmonia, o tempo corre mais devagar e cada passo nos aproxima do essencial.

Ao embarcar num cruzeiro de 8 dias a bordo do Infinity, percebi que esta não ia ser apenas uma viagem - ia ser uma experiência transformadora.

San Cristóbal: O início de uma aventura inesquecível

Mal aterrámos em San Cristóbal, percebi que estava num lugar especial. O ar era diferente, mais leve, mais vivo.

Fomos recebidos com sorrisos e, logo depois, encaminhados para o nosso barco - o nosso “hotel flutuante” para os dias que se seguiam.

A primeira paragem foi Puerto Chino, uma praia de areia branca, rodeada por vegetação e com um mar azul-turquesa que parecia editado. A caminhada até à praia fez-se com leveza, talvez pela adrenalina, talvez porque os olhos não paravam de absorver cada detalhe.

À tarde, visitámos o centro de reprodução de tartarugas gigantes, “La Galapaguera”. Caminhámos entre árvores e arbustos, ouvindo o chilrear dos tentilhões, até vermos - ali, bem à nossa frente - as imponentes tartarugas. Elas mexem-se devagar, mas impõem respeito. E há algo de mágico em vê-las ali, a viver tranquilamente, como se soubessem que aquele é o seu lar ancestral.

Santa Fé e South Plaza: Cores que não se esquecem

No dia seguinte, chegámos à Ilha Santa Fé. O cenário era árido, quase lunar, com cactos gigantes e iguanas amarelas a espreitar entre as rochas. Fizemos um trilho que nos levou até um miradouro com vista para o mar aberto - e ali fiquei, em silêncio.

South Plaza foi uma explosão de cor. A vegetação avermelhada contrastava com o azul profundo do oceano e o branco das aves que sobrevoavam as falésias. A natureza aqui não é apenas bela - é dramática e teatral.

Santa Cruz: O coração das Galápagos

Em Santa Cruz, visitámos o Fausto Llerena Breeding Center. Nunca pensei sentir tanta emoção ao ver tartarugas, mas há algo de profundamente tocante em observar estes seres, que resistiram ao tempo, a serem cuidadas e protegidas com tanto carinho.

No mesmo dia, explorámos as Crateras Gémeas: duas enormes formações no meio da floresta húmida. Estar ali, rodeado de verde denso, com o som dos pássaros e o cheiro da terra molhada, foi como entrar noutra dimensão da ilha.

Isabela e Fernandina: Entre vulcões e vida selvagem

Isabela é talvez a ilha mais surpreendente. Em Punta Moreno, caminhámos sobre lava solidificada, entre piscinas naturais onde víamos flamingos e tartarugas a nadar em perfeita calma. E em Elizabeth Bay, fomos de bote por entre mangais e pequenas ilhotas, avistando pinguins, leões-marinhos e raias a passar sob o barco - parecia um documentário ao vivo.

Fernandina, por sua vez, levou-nos ao ponto mais intocado da viagem: Espinoza Point. Lá, vimos cormorões que perderam a capacidade de voar, iguanas marinhas empilhadas ao sol, e até um vulcão ainda ativo no horizonte. Sentimo-nos minúsculos, mas, estranhamente, em paz.

Bartholomew: O postal perfeito

No penúltimo dia, subimos ao cume do vulcão na Ilha Bartholomew. Foram 30 minutos de escadas até ao topo, mas a vista... a vista é daquelas que não se esquecem nunca. O Pinnacle Rock ergue-se majestosamente diante de nós, rodeado por praias de areia branca e águas de tons impossíveis. Um cenário que parece ter sido criado para nos deixar sem palavras.

Foram 8 dias intensos, cheios de descobertas, de silêncio interior e de maravilhamento puro. Cada ilha teve o seu encanto, a sua personalidade, os seus segredos. Foi uma viagem onde me reconectei com a natureza e, de certa forma, senti que voltei a mim.

Se procuram uma experiência que vos retire da rotina e vos leve verdadeiramente para longe - não só no mapa, mas no espírito - as Galápagos são o lugar certo. E com a Know to Go a garantir que tudo está planeado ao detalhe, só têm de se deixar levar. Porque, no fundo, viajar é mesmo isso: viver o momento.